Junta renova protocolo com vista a dar continuidade a intervenção integrada no Bairro das Murtas
O presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, José Amaral Lopes, renovou na manhã de ontem um protocolo de cooperação com vista a dar continuidade ao projeto de intervenção integrada no Bairro das Murtas. A assinatura do protocolo contou com a presença da vogal responsável pelo pelouro dos Direitos Sociais, Paula de Carvalho, e ainda do vogal responsável pela Segurança e Proteção Civil, Hélder Simões dos Santos, e contempla como parceiros o Centro Social e Paroquial do Campo Grande, a GEBALIS, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Associação para o Desenvolvimento das Mulheres Ciganas Portuguesas (AMUCIP).
Este compromisso firmado pelos parceiros visa dar continuidade ao trabalho já desenvolvido no âmbito do equilibro das relações entre a realidade sociocultural e multicultural do Bairro das Murtas, destacando o trabalho desenvolvido pela AMUCIP na valorização da cultura da comunidade cigana e na formação e sensibilização da sociedade para a desconstrução de estereótipos culturais relacionados com esta comunidade.
No primeiro ano de intervenção, a AMUCIP centrou a sua intervenção nos seguintes eixos:
– Aproximar a comunidade cigana das equipas técnicas das entidades parceiras;
– Aumentar a participação nos processos de construção e mudança e fomentar o associativismo e o ativismo da comunidade cigana;
– Fortalecer relações de vizinhança;
– Reforçar as competências pessoais e sociais das famílias, a indisciplina, o absentismo e insucesso escolar, a manutenção e a gestão dos espaços comuns dos lotes e espaços exteriores;
– Construir em comunidade, parceiros e residentes, soluções para problemáticas diagnosticadas.
Neste novo protocolo foram definidos três patamares na intervenção e acompanhamento dos elementos da comunidade do Bairro das Murtas, com vista ao melhoramento das competências sociais e profissionais:
– intervenção na emancipação das mulheres, essencialmente contribuindo para o aumento dos níveis de escolaridade/formação;
– acompanhamento de percursos de vida, incidindo na participação da mulher cigana na sociedade, acompanhada dos seus costumes e tradições;
– combate ao absentismo escolar dos jovens da comunidade cigana do Bairro.
Entre as atividades a desenvolver, destaque para as reuniões de lote com moradores, para a capacitação comunitária através do ativismo e/ou associativismo cigano, para a continuidade da realização de tertúlias sobre diferentes temas (papel da mulher cigana, percursos profissionais, educação, etc.), para a integração da Igreja Evangélica no Bairro, para a intervenção em questões diretas relacionadas com a educação e ainda para a criação de um grupo de dança sevilhana direcionada a jovens do 2.º ciclo.
O projeto de intervenção pode ser consultado aqui e o protocolo encontra-se disponível em https://documentos.jf-alvalade.pt/