Junta proporciona aulas de Expressão Dramática nas escolas
Que ninguém duvide: nas aulas de Expressão Dramática promovidas pela Junta de Freguesia de Alvalade nas escolas do 1.º ciclo da rede pública não há limites para a imaginação. Nestas aulas, já ninguém estranha que dentro de um pesado saco imaginário uma criança encontre um submarino, a Via Láctea ou uma cenoura que volta a crescer depois de ser trincada.
Aqui, uma bola oferece inúmeras possibilidades de interação, o colega da frente pode transformar-se num espelho, os objetos ganham novas utilidades e uma cadeira é muito mais do que uma simples peça de mobiliário em que nos podemos sentar. Nestas aulas, uma cadeira pode bem ser a peça central de um exercício de improvisação, em que cada criança tem de convencer o seu parceiro de que aquele objeto é seu.
“O que é que eu posso dizer para mostrar que esta cadeira é minha? Sejam criativos, inventem coisas”, explica a professora Marisa Pereira, a um grupo de alunos da Escola Básica Bairro de São Miguel. Em resposta, há quem suplique para ficar com a cadeira, quem tente arrancá-la das mãos do parceiro e quem invente elaboradas histórias sobre a compra daquele objeto ou sobre o facto de ele conter uma identificação que só o seu dono parece conseguir ver.
Esta é uma das seis escolas em que a Junta de Freguesia de Alvalade colocou em prática estas aulas de Expressão Dramática, em articulação com as direções de agrupamento e com as coordenações dos estabelecimentos de ensino. Neste ano letivo, cada turma (de 1.º, 2.º ou 3.º ano, consoante a decisão de cada escola) irá usufruir ou usufruiu já de um conjunto de seis aulas, realizadas nas salas com o envolvimento do professor titular.
Promover a comunicação e o contacto com o outro e desenvolver a autonomia e a confiança são apenas alguns dos objetivos que se propõe atingir com os exercícios propostos. O desenvolvimento da concentração e a compreensão e melhor gestão das emoções são outras das finalidades desta iniciativa da autarquia.
À saída de uma das aulas, acompanhada pelo vogal da Educação e da Juventude da Junta de Freguesia de Alvalade, Ricardo Varela, a professora Marisa Pereira sublinha o “feedback muito positivo” que tem recebido, tanto de alunos como de professores. “Acho que é importantíssimo”, avalia, sublinhando a importância de se trabalhar com estas crianças aspetos como o movimento, a voz e a criatividade.